ELEIÇÕES 2018: AÇÕES URGENTES! 8 de Octubre, 2018 Tiempo estimado de lectura, 2 minuto(s) Mais de 48 milhões de pessoas votaram ontem por um ex militar que tem feito declarações racistas, machistas e homofóbicas para que sejam seu Presidente. A campanha do primeiro turno está tensa e polarizada. Estes sinais nos preocupam pelo o que significam para a sociedade brasileira e a cidadania do país. A campanha eleitoral brasileira foi precedida por um terrível aumento da violência política, sobretudo certos grupos desprotegidos. O assassinato da vereadora Marielle Franco foi a gota d’água que transbordou para a sociedade civil organizada, que trabalhou para evitar novas mortes. Mas isso não impediu uma nova polarização, tensão e agressão que deixou suas marcas na mídia e em debates públicos. A cidadania, que já vinha sem esperança na política e no sistema democrático em geral, enfrentou assim, uma las eleições mais importantes dos últimos anos. Nesse contexto deve existir um sistema de governo que luta a diferença sempre, sem abrir mão, dentro de um esquema de garantia de direitos fundamentais que nos ensina sobre o poder do diálogo, inclusive sobre ceder quando for necessário. Que crie vidas melhores, mais justas e com mais direitos. A democracia não pode ser uma ferramenta pela qual discursos de ódio chegam ao poder. Temos que nos perguntar o que acontece com as vidas, com a falta de esperança que atinge uma população que vota por candidaturas que promovem discurso de violência e oferecem promessas de campanhas retrógradas contra direitos fundamentais reconhecidos mundialmente como igualdade e liberdade de expressão. A resposta não é fácil nem simples mas é urgente que tenhamos um posicionamento. Convidamos a todxs para que juntxs, usemos nossa força institucional para agir de forma estratégica. Quanto antes, melhor. Quanto mais, mais fortes! Nas próximas semanas, nas nossas sedes no Rio e Santiago estaremos cuidando para que a população possa ter mecanismos transparentes para a votação no segundo turno. Pedimos às autoridades do Brasil assim como a comunidade internacional, as organizações regionais e internacionais e os demais meios de comunicação que adotem as seguintes medidas: Demandar que o governo atual garanta a segurança das minorias eleitas. Ativação de um mecanismo de monitoramento internacional constante em relação ao direito das mulheres, assim como proteção ao funcionamento e institucionalidade daqueles mecanismos que lutam pela proteção destas; proibindo a agressividade no que diz respeito aos direitos humanos, ativando fortes mecanismos de alerta, investigação e sanção de todo e qualquer discurso de ódio. Por último, dar as devidas garantias a grupos da sociedade civil para que possam defender os Direitos Humanos e fiscalizar a corrida eleitoral presidencial de forma segura.